A tecnologia e a classe média na música

Por muitos anos a área da música esteve dividida entre os milionários e os miseráveis. As novas tecnologias mudaram esse cenário de maneira contundente. E é disso que vamos tratar nesse artigo.

Por muitos anos a área da música esteve dividida entre os milionários e os miseráveis. As novas tecnologias mudaram esse cenário de maneira contundente. E é disso que vamos tratar nesse artigo.

A bola é minha. As regras, também. 

Houve um tempo em que uma gravação de qualidade exigia equipamentos que valiam algumas centenas de milhares de dólares e salas com tratamentos acústicos tão caros quanto.

Não apenas isso: mesmo depois de uma gravação estar pronta, era necessário também muito dinheiro para realizar o trabalho de divulgação de um álbum ou artista. E as grandes corporações da indústria fonográfica eram os únicos atores neste mercado que detinham tanto poder e tanto dinheiro para bancar investimentos deste nível. 

Eles escolhiam quem seria gravado e lançado. Em outras palavras: tinham a bola e faziam as regras. A indústria fonográfica foi, desta maneira, por muitas décadas, uma das mais rentáveis do mundo.

Até que um dia uma sigla fez tudo isso ir por água abaixo: mp3.

gravadoras escolhiam quem iria estourar

Um jogo. Muitas bolas. 

tecnologia e musica

Quando o mp3 surgiu, poucas pessoas previram que ali estava sendo selado o fim de um modelo de negócios que fizera a fortuna de muitas gente. Mas foi o que aconteceu. O mp3 permitiu que arquivos digitais pudessem ser suficientemente compactados para serem enviados pela internet.

Quase ao mesmo tempo em que surgia o mp3, surgia também a pirataria na rede. E começava a queda vertiginosa nas vendas das gravadoras. Não apenas isso: com o surgimento de equipamentos digitais e dos home studios, qualquer um poderia produzir um disco de qualidade em sua casa, com um pouco de conhecimento técnico e criatividade.

Dito de outra forma, a indústria fonográfica, de um dia para o outro viu que ela não era mais a única  dona da bola. E as pessoas que também tinham uma bola começaram a criar suas próprias regras. O jogo estava virando. E muito rapidamente.

Uma hora, alguém iria perguntar: e se? 

Claro: se eu consigo comprar o equipamento para gravar com qualidade, se eu consigo fazer isso na minha casa, o que aconteceria se eu mesmo começasse a divulgar minhas músicas pela internet?

E foi assim que começou: uma página em uma rede social onde artistas podiam mostrar seu trabalho para pessoas no mundo todo. Aos poucos, o poder que antes estava única e exclusivamente na mão das gravadoras passava para a mão dos artistas, que passaram a entender como se projetar através destas ferramentas.

Ou seja: como fazer dinheiro com suas carreiras usando novas tecnologias.

colocar musica na internet

E então, surge a classe média na música.

Há vários casos de artistas famosos e milionários que foram revelados pelas redes sociais. Psy, autor de Gangnam Style, com seu videoclipe prá lá de extravagante, explodiu no Youtube. Lilly Allen e Artic Monkeys passaram a ser conhecidos através de suas páginas no MySpace. Mas esse artigo não quer falar desses casos.

Queremos falar exatamente das milhares de pessoas que, mesmo não tendo conseguido ficar ricas, passaram a ter a oportunidade de viver com dignidade através da música, em função das possibilidades apresentadas pelas novas tecnologias.  

incontáveis casos de artistas que, mesmo ainda anônimos, passaram a ter muito mais trabalho por terem uma página no Facebook ou no Instagram. 

Há vários casos de artistas famosos e milionários que foram revelados pelas redes sociais. Psy, autor de Gangnam Style, com seu videoclipe prá lá de extravagante, explodiu no Youtube.

E há um capítulo à parte: os streamings. Estas plataformas permitiram que qualquer pessoa pudesse levar suas músicas a qualquer parte do mundo.

E o melhor: recebesse por cada vez que essa música fosse tocada. Uma fonte de renda importante para o artista que se dedica a estruturar um planejamento eficiente para sua carreira.

Mas esse é um assunto para outro artigo que devemos tratar futuramente, onde vamos dar dicas importantes sobre como divulgar o seu trabalho. 

Por enquanto, a lição que fica é: nada dura para sempre e a única coisa que nunca muda é a mudança. A implementação de novas tecnologias tem trazido verdadeiras revoluções a inúmeras indústrias e a música não escapou desse processo.

Quem está entendendo o momento, o contexto e as tendências, está encontrando oportunidades neste novo cenário. Quem continua preso ao passado está selando seu destino de uma forma melancólica. Cabe a cada um de nós escolher em que grupo pretende estar.

Até mais.

Escrito por Moisés Seba Neto

Escrito por Moisés Seba Neto

Sócio fundador do Grave Online, responsável pela pré-produção, atendimento ao artista e um incrível guitarrista de mão cheia.

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