As 5 etapas (mais significativas) do processo de produção musical.
PRIMEIRA ETAPA - COMPOSIÇÃO
Com a música arranjada (e preferivelmente escrita em forma de cifra ou partitura) chega a hora de “entrar” no estúdio para as gravações.
SEGUNDA ETAPA - GRAVAÇÕES
O QUE É INDISPENSÁVEL NESSA ETAPA:
Capturar (gravar) todos os instrumentos e vozes com a devida interpretação.
Portanto, essa é uma questão obrigatória, pois mesmo com todos os recursos que temos a disposição, a interpretação no exato momento da gravação, seja dos músicos assim como dos cantores, é única e insubstituível.
Ou seja, é algo que será audível perfeitamente na master final e nas plataformas digitais quando for entregue.
Depois de tudo gravado, seguindo o trabalho de produção musical, nós que vivemos em plena era digital, podemos fazer fruto destas incríveis ferramentas.
Copia, cola, arrasta daqui, empurra pra lá, afina os vocais, conserta a virada da batera (eu que já fui baterista, conheço bem esse recurso).
TERCEIRA ETAPA - MIXAGEM
VALE DESTACAR NESTA ETAPA:
QUARTA ETAPA - MASTERIZAÇÃO
Pense na masterização como sendo uma “cola”, ligando e melhorando sonoramente a mixagem. A sessão de masterização é o último passo criativo do processo de produção musical de um fonograma.
É a última chance da música obter uma qualidade sonora superior e por ser a última etapa.
Pode-se dizer que é a mais influente de todas. Isso significa que precisa de alguém com habilidade para fazer sua master.
MERECE UM DESTAQUE:
- O engenheiro de masterização analisa o som de uma forma geral e decide se pode dar um polimento geral para alcançar um brilho maior.
- Volume e pressão sonora (por favor engenheiros de mixagem, parem de se preocupar com isso).
- A Masterização direciona a música para a forma estética final, fazendo ser melhor apreciada pelo público alvo.
- Compila todas as faixas de um álbum fazendo com que sejam sonoramente coerentes e a transição entre faixas suave.
- Nomear corretamente todos os dados da música e do artista, que servirão de “TAGS” para busca assim como o código ISRC.
Pode parecer “redundante” em relação a Mixagem e talvez seja por isso que é difícil explicar de uma forma sucinta o que é Masterização.
É a última injeção de “vida” na música? É a compressão final que estamos acostumados a ouvir nas músicas que tocam nas rádios? É uma notável ajuda para fazer com que a música “soe” mais “dramática” e emocionante? Sim, a masterização é tudo isso. E um bom engenheiro de Master pode surpreendê-lo ainda mais.
MIXAGEM x MASTERIZAÇÃO
Imagine que vai construir um carro. Você precisa montar e encaixar todas as peças pra fazer o carro funcionar.
Essa é a Mixagem em uma produção musical: juntar todas esses elementos de forma correta no lugar certo.
Depois da montagem, imagine que você precisa de fato usar o carro para uma viagem. Você vai até o lava-car pra deixar tudo limpo e brilhando, coloca óleo de motor e gasolina.
Deixa o carro lindo de fazer inveja e pronto pra pegar estrada. Essa é a Masterização.
A masterização também é responsável pela conversão da música para ser melhor apreciada em diversos meios de execução: rádios, CD, YouTube, Spotify, SoundCloud, iTunes, Discos de Vinil, etc.
DETALHE IMPORTANTE:
Já disse que não importa quantos canais tem na sessão de mixagem, o resultado (quase) sempre é um único arquivo ESTÉREO (exceções são mixagens surround e mixagem em “stems”, podemos tratar do assunto em outro artigo).
É esse arquivo estéreo que deve ser encaminhado para a Master.
Efetivamente a distribuição digital e física da música pode ser considerada a etapa que encerra o ciclo, envolvendo, artes gráficas, marketing, publicidade, promoções, etc.
QUINTA ETAPA - DISTRIBUIÇÃO DIGITAL
A distribuição digital é a última etapa da nossa lista do processo de produção musical.
É o momento onde se disponibiliza sua música para o ouvinte, ou seja, distribuição digital é a ponte entre todo o processo de produção musical e seus fãs.
Vamos traçar um paralelo entre o “mundo antigo” dos CDs e essa nova forma de se consumir música através do download e do streaming, neste tecnológico “mundo novo”.
“Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito distante…” o engenheiro de Masterização era o responsável por “queimar” um CD (físico) matriz ou fazer uma imagem exata do CD em arquivo digital, que se chama “DDP Image”.
Este CD físico ou a DDP image eram encaminhados para a fábrica de replicação de CDs (assim como os arquivos contendo a capa e outros documentos).
Depois de cerca de 30 dias os CDs ficavam prontos e você tinha que arrumar um certo espaço para guardar todas aquelas caixas até conseguir distribuir em lojas, vender nos shows, dar de presente para os amigos e família, etc.
Algumas caixas dessas ainda existem para contar essa história.
A distribuição digital do seu single ou álbum é bem rápida. Algumas plataformas disponibilizam conteúdo quase que imediatamente outras levam até duas semanas.
De qualquer forma, é praticamente metade do tempo que precisava esperar pela chegada dos CDs.
Além disso, todo o processo é feito online, diretamente nos agregadores, vamos listar aqui os principais
- CD Baby
- Tratore
- TuneCore
- Ditto Music
- Loudr
- Record Union
- MondoTunes
- Reverbnation
- Symphonic
- iMusician
- The Orchard (somente gravadoras)
Todas essas empresas tem valores e condições distintas. Pesquise o que funciona melhor pra você, afinal, um caso difere do outro.
O Grave Online também disponibiliza a Distribuição Digital como um produto para seus clientes, facilitando muito essa tarefa para os artistas que preferem contratar essa assessoria.
Assim como a Distribuição Digital, o Grave Online também oferece o serviço de geração do Código ISRC da sua produção fonográfica, item obrigatório para todos os fonogramas, afim de disponibilizar suas músicas nas plataformas de venda e streaming, mais uma vez, facilitando a vida dos seus clientes.
Escrito por Ricardo Cecchi
Sócio fundador do Grave Online, responsável pela pós produção, (mixagem e masterização) das gravações e baterista nas horas vagas.